domingo, 31 de outubro de 2010

Algo que me deixa triste...

...é saber que me vês tal como antigamente. Não acreditas naquilo que eu mostro ser, pois tens em ti a imagem do que eu fui em tempos. Recusas-te a ver e a aceitar que mudei. Achas que finjo ser algo que não sou. Isto sim, deixa-me triste e magoa-me um pouco. Disseste-me ontem e já o disseste antes, e não imaginas como me deixa triste.
Se vires realmente o quanto mudei e o quanto de mim não conheces já, ias ficar espantada. Mudei por tua causa. Mudei por ti, mas especialmente por mim, e não foi fácil. Mas consegui e por isso, não sabes o que me custa quando me revelas que ainda me vês na mesma. Não sei se tens medo de ver como realmente sou ou se apenas não tens interesse. Sinceramente, acho que não tens interesse pois tens alguém. Mas gostaria que visses e acreditasses no que vês. Não sou falso e disso me orgulho. Mas sei bem que não me vês como sou, mas sim como um reflexo daquilo que fui quando contigo estive e portanto, negas as evidências na tua mente.
Enfim... Não preciso que me vejas "bem", mas gostava.

Devias saber que sou uma das pessoas que mais carinho tem por ti naquela faculdade, mas quem sou eu na tua vida? Que somos nós? Nada de especial, simplesmente, e por isso guardo este sentimento que por ti sinto.

Hoje acredito sempre que o dia de amanhã poderá ser sempre melhor que o dia de hoje, e terá certamente novas oportunidades.

4 comentários:

  1. em relação ao meu texto, é óbvio que aquela pessoa vai ter sempre significado. esteve presente durante muito tempo e foram muitos bons momentos. mas essa era uma pessoa diferente da que é agora. a pessoa que eu conheci desapareceu e a essa não devo nada; não guardo nada, não me é nada. aquela a quem devo, já não existe. e sabes, é irónico porque eu identifico-me imenso com o ínicio do teu texto. durante muito tempo quis acreditar que esta pessoa sobre quem escrevi, estava apenas a mostrar uma coisa que não era. sempre quis acreditar que no fundo ainda era o rapaz que eu tinha conhecido. eu ainda o conhecia como a palma da minha mão percebes? todos os hábitos, as expressões, os gestos, as reacções .. era tudo igual. mas não. o mais importante já não estava lá.
    'devias saber que sou uma das pessoas que mais carinho tem por ti naquela faculdade, mas quem sou eu na tua vida?' - aqui eu digo que não vale a pena. eles não se interessam que nós estejamos lá mesmo depois de todas as coisas más que possam ter acontecido. não valorizam que ainda nos preocupamos com eles. eu deixei de o fazer. cortei todo o tipo de relações. não me dou mais a esse trabalho. ficas sempre à espera que te retornem de alguma maneira e isso não acontece.

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  2. Antes de mais, gostaria de dizer que gostei bastante do texto. Parabéns! Por mero acaso vim dar com o nariz neste blog e a primeira entrada revela o que estou a passar neste momento. Mas no papel da outra pessoa.

    Quando alguém já nos magoou no passado (pelo que eu percebi do texto, quem escreve magoou alguém), é difícil acreditar que essa pessoa irá mudar. Isso aconteceu-me recentemente. A história cliché de sempre: rapariga conhece rapaz, apaixona-se, namoram, acabam de uma forma pouco recomendável. Tudo fica mal entre eles. Depois de algum tempo o rapaz muda e lembra-se que gosta dela então decide tentar mais uma vez. A rapariga não acredita. E porque não? Porque se já a magoou uma vez poderá magoar outra vez. O que motivou essa mudança? Será que mudou mesmo ou é só uma pequena mentira para conseguir algo mais? Pois...
    Até hoje ainda não consegui acreditar que esse tal rapaz tenha mudado. Apesar de notar alguma diferença nele, antes de me aventurar num novo romance preciso de provas! Provas que ele tenha mesmo mudado! E aí é que a porca torce o rabo. Se o rapaz mudou mesmo então será fácil demonstrar a mudança, caso contrário, será mais difícil...

    Portanto, o meu conselho é o seguinte: se gostas mesmo da tal rapariga, não lhe digas simplesmente que mudaste. Demonstra-o!

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  3. Bocados de um quotidiano a 1001 cores: Não, é uma rapariga.

    té: eu próprio já não a conheço bem, conheço alguns gestos, algumas acções, mas muito pouco. No inicio da separação deixei de lhe falar pois não aguentava mais a dor que sentia. Mas a pouco e pouco fui voltando a falar. Acho que a conheço melhor do que ela a mim. E tenho mais pena porque muitos dos erros e falhas que ela me apontou em tempos, eu mudei-os e agora ela acha que estou a ser "falso".
    Percebo o que dizes mas não consigo deixar de lhe falar por completo, pois ainda a sinto como uma parte importante de mim, claramente que não o demonstro mas é o que sinto. Talvez esteja errado e mais tarde mude de opinião mas por agora prefiro continuar a falar com ela, mas não espero grande coisa em troca, pois já me habituei.

    Ana: Obrigado ;)
    Nunca estive na tua situação mas penso que a consigo perceber. Mas eu acho que há que dar sempre uma segunda oportunidade, ninguém é perfeito, e às vezes são precisas grandes perdas para grandes mudanças. E quem sabe ele talvez tenha mesmo mudado, para algo que tu gostarias mais.
    Atenção, eu não lhe digo que eu mudei, eu demonstro, ou melhor, eu não demonstro, eu simples sigo a minha vida de forma natural e as acções que decido tomar não servem para lhe mostrar algo, mas são simplesmente o reflexo da minha personalidade actual. O facto é que ela vê a mudança mas acha que é apenas um fingimento meu.

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